Quatro pessoas da mesma família são presas suspeitas de fraudar contratos de R$ 226 milhões da Prefeitura de Curitiba
15 de agosto de 2025
Quatro integrantes de uma mesma família foram presos nesta quinta-feira (31), suspeitos de participar de um esquema de fraude em contratos públicos da Prefeitura de Curitiba que somam R$ 226 milhões. A ação, deflagrada pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR), investiga possíveis irregularidades em licitações relacionadas a serviços de roçada e manejo arbóreo na capital paranaense.
As prisões ocorreram em caráter preventivo, e, além delas, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Colombo e Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana. A identidade dos suspeitos não foi divulgada.
De acordo com as investigações, o esquema era chefiado por um grupo econômico e familiar já alvo de uma operação policial em 2020. Entre os detidos estão pai, filho e dois sobrinhos. Segundo a polícia, os investigados criavam empresas em nome de terceiros os chamados “laranjas”, para manter o controle oculto das operações. A manobra permitia burlar sanções legais e continuar participando de processos licitatórios com o poder público.
O objetivo do grupo, conforme a PC-PR, era inscrever diversas empresas nas licitações da prefeitura, reduzindo a competitividade e favorecendo a vitória de negócios ligados à própria família. A prática também dificultava a fiscalização e o rastreamento das irregularidades.
Em nota oficial, o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), informou que determinou o afastamento imediato de um servidor municipal investigado no caso, além da abertura de um procedimento pela Corregedoria-Geral do município. O nome do servidor não foi revelado.
“A Prefeitura de Curitiba, vítima do suposto esquema, tem colaborado ativamente com as autoridades desde o início das diligências. A administração municipal também adotou medidas internas para assegurar a continuidade das atividades, sem prejuízo à rotina dos serviços prestados pelo órgão”, afirmou o prefeito.
A Polícia Civil destacou que as apurações continuam e que novas diligências poderão ser realizadas nos próximos dias para identificar outros possíveis envolvidos e o destino do dinheiro.