Escândalo! PF investiga presidente da UPB Quinho por suposta compra de votos para esposa Leia
19 de março de 2025

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Quinho (PSD), e sua esposa, a vereadora Léia Meira (PSD), estão no centro de uma investigação da Polícia Federal que envolve a suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro nas eleições de 2024.
De acordo com documentos obtidos pelo Aratu On, a PF está apurando o uso de cerca de R$ 1 milhão em um suposto esquema. Parte desse dinheiro teria sido direcionada para a compra de votos e desvio de recursos do financiamento eleitoral, incluindo o uso de candidaturas laranja.
O inquérito policial, iniciado em outubro do ano passado, revela que eleitores teriam recebido entre R$ 100 e R$ 150 para votar em Léia. O crime teria ocorrido até mesmo no comitê de campanha da candidata, que acabou sendo eleita vereadora com 4.272 votos, tornando-se a segunda mais votada na cidade.
A investigação também aponta que motoristas de aplicativos teriam recebido R$ 400 para adesivar seus veículos com imagens da campanha de Léia.
Além disso, a PF está investigando uma possível transferência irregular de mais de dois mil eleitores de Belo Campo, cidade onde Quinho era prefeito na época, para Vitória da Conquista. Nesse período, Léia também ocupava o cargo de primeira-dama do município.
Essas transações se somam aos R$ 80 mil recebidos oficialmente por Léia através do dispositivo eleitoral. No total, o montante investigado chega a R$ 460 mil. As doações feitas às candidaturas são de oito a dez vezes menores do que as realizadas para as candidatas da mesma legenda. A investigação indica indícios de que as campanhas receberam uma quantidade maior de dinheiro para direcionar os valores para a campanha de Léia.
Quinho e Léia solicitaram o foro especial para que o caso fosse julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), e não pela 39ª Zona Eleitoral de Vitória da Conquista, onde o inquérito está atualmente. No entanto, o juiz Rodrigo de Souza Britto negou o pedido em uma decisão proferida em 11 de março.